Museu de Buíque

Museu e Casa da Cultura de Buíque

“Conhecer a história de um lugar é preservar e reconhecer a própria cidadania. É contemplar o caminho percorrido para então compreender o presente e desempenhar seu papel na construção do futuro.”Barmonte

A fachada de quatro portas e uma janela construída em 1908, preserva a aparência daquele período e para quem sentir-se perdido no centro de Buíque, basta orientar-se pela rosa-dos-ventos que adorna o centro superior da fachada, quase imperceptível aos olhares menos atentos. A casa, paralela à Praça Major França, nº74, guarda em si o acervo histórico da cidade.

A antiga residência de Maria Emília de Freitas e Eduardo José de Freitas funcionou também como farmácia da família. Hoje, sede do Museu e Casa da Cultura do município. Marcas permanentes no piso em ladrilho hidráulico, revela a posição do balcão construído em 1942 por Jorge Domingos, agora usado como expositor de máquinas, rádios, moedas e outros objetos de vários períodos. Nas paredes, imagens de antigos moradores e figuras políticas constitui um painel cronológico.

O edifício acomoda duas instituições: o Museu Eduardo José de Freitas, inaugurado em 26 de maio de 1990, durante o governo de Miguel Arraes de Alencar e a Casa da Cultura Lenira Cursino de Freitas, inaugurada em 07 de setembro de 2000, durante o governo de Jarbas Vasconcelos, ambos sob a gestão de Blésman Modesto de Albuquerque e seu vice-prefeito Luiz da Silva Aciole. Lá estão expostos objetos pessoais do Monsenhor José Kherle – confidente do cangaceiro Lampião e testemunho direto na aparição de Nossa Senhora das Graças à duas crianças em Cimbres (Pesqueira-PE) em 1936. Kherle passara seus últimos anos em Buíque, era médico e contribuiu com várias ações de cunho pastoral e humanitário. Construiu a maternidade Alcides Cursino e a Capela de Nossa Senhora das Graças que reúne vários fiéis durante as festividades do novenário realizado a cada 17 de novembro. O padre foi sepultado no interior da capela e segundo alguns relatos, graças foram alcançadas por intercessão do mesmo.

Numa das salas do museu, duas ossadas convidam os visitantes para uma viagem imaginária pelas veredas da pré-história local. Os restos petrificados do que parece ser partes de um mastodonte, encontrada durante a escavação de um barreiro no sítio “Charco” e uma ossada humana com aproximadamente 6 mil anos de existência, esta última encontrada no Parque Nacional do Catimbau em 1969.

O Museu está cercado por objetos e imagens de várias personalidades que dignificam a história e influenciam a cultura e arte buiquense que vem sendo continuamente difundida pelo governo público municipal e agentes independentes que valorizam a história, cultura e arte que definem a identidade do povo buiquense.


Referência:

BARMONTE, Paulo César. Museu e Casa da Cultura de Buíque. 07 abr 2018.

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Publicitário, fotógrafo e pesquisador da história buiquense.

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