Matéria-prima: madeira de umburana e jaqueira coletada na natureza, a partir de árvores mortas. | Arte: Escultura em madeira | Região: Catimbau
Dados biográficos
Damião Fábio Ramos da Silva, nasceu em 30 de janeiro de 1979, em Arcoverde-PE. É filho de e João Chaves da Silva e Maria Auxiliadora Ramos da Silva. São seus irmãos Maria Dineuvania Ramos da Silva, Maria Dirles Ramos de França e Dayane Carla Ramos da Silva. Fábio e irmãos foram criados por aquela que chama de sua segunda mãe: Josefa Caetano da Silva.
Morador no distrito do Catimbau, em Buíque-PE. Local onde não lhe falta inspiração para a reproduzir suas peças. Foi casado com Maria das Graças Cavalcanti com quem teve duas filhas: Samara Gabriely e Teresa Sara. Casou-se, posteriormente com Jarline da Silva Campos dos Santos, filha de Manoel da Silva Campos e Aline Maria dos Santos. Com ela teve um filho: Fábio Júnior Ramos.
Desde criança, Fábio demonstra habilidades com materiais artísticos, quando cursou o magistério, criava fantoches e maquetes com facilidade.
Começou a trabalhar com artesanato em 2007, quando trabalhava com transporte de passageiros (motociclista). Das viagens que realizava para o Catimbau, conheceu o Mestre Zé Bezerra que numa de suas visitas, o desafiou a criar uma peça esculpida em madeira. Desafio aceito e a peça criada chamou a atenção do mestre. Fábio começou a esculpir no ateliê de Zé Bezerra, nas horas vagas em que aguardava o retorno de uma cliente (professora). As peças eram comercializadas no ateliê e em troca, Fábio recebia uma comissão.
No segundo semestre de 2008, Fábio adquire um terreno próximo do local onde vive o Mestre Zé Bezerra (Sítio Igrejinha, há 9 km do centro do Catimbau) – fazendo de lá sua moradia e ateliê intitulado “Ateliê Artes do Vale”. Iniciando a produção de suas peças sem o intermédio do mestre. As primeiras peças consistiam em beatas e “arte imaginária” – quando são aproveitadas as formas naturais da madeira que se assemelhando a formação de um animal, planta ou símbolo, com poucos entalhes, cria-se algo.
Sua arte é singularizada pelo acabamento no estilo imaginário polido, diferenciando dos traços de seu mestre, que possui aspectos mais rústicos. Fábio reproduz gárgulas, animais da caatinga, figuras humanas ou mágicas inspiradas noutras culturas. Umburana e jaqueira são as madeiras mais utilizadas em seus trabalhos.
Tornou-se mestre artesão aos 35 anos (2014) e acumula participações em várias exposições: I Venturarte (ocorrida em Venturosa-PE em 2013); Fenearte: 2014, 2016, 2017 e 2018. Em 2017, participou também de uma exposição no Clube Municipal de Buíque-PE e foi palestrante e expositor da “Exposição Arte em Madeira”, promovida pelo SESC Buíque. Também teve quatro participações no Salão de Arte Popular Ana Holanda (com menção honrosa) e três participações no Salão de Arte Religiosa de Pernambuco, também com menção honrosa em 2019.
Suas obras variam de tamanho. As maiores aproximam-se dos 2,5m em altura, a menor produzida: 1,5 cm. As obras retratam aspectos do sertão e da caatinga, incluindo arte sacra e influências externas da cultura ocidental. O mestre usa como matéria prima, madeira de árvores mortas de jaqueira e umburana, encontradas na natureza.
Possui obras espalhadas por mais de 30 países, entre eles: Alemanha, Argentina, Camarões, Camboja, Canadá, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Croácia, Cuba, Egito, Estados Unidos, França, Guiana Francesa, Guiné-Bissau, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, Japão, Laos, México, Moçambique, Paraguai, Peru, Portugal, República do Congo, Rússia, Singapura, Turquia, Uruguai, Vietnã e Zimbábue.
Confira a seguir alguns dos trabalhos do artista:
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