Caatinga

Caatinga

A caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro (região nordeste para ser mais preciso) e abrange uma área de 734.478km².  Há muito acreditava-se tratar-se de um bioma pobre, homogêneo e pouco alterado. Contudo, possui uma vasta variedade de paisagens únicas e infelizmente é um dos biomas mais degradados pelo homem. Somente de caatingas são reconhecidas 12 tipologias diferentes

Buíque e o Parque Nacional do Catimbau estão inseridos na região do Planalto da Borborema, unidade formada por maciços e outeiros altos, apresentando altitudes que variam de 650 a 1000 metros em forma de arco, ocupando uma área que se estende do sul de Alagoas até o Rio Grande do Norte. Apresentando vales profundos e estreitos com fertilidade do solo bastante variada. A caatinga hipoxerófila está presente na maior parte do Planalto, cuja área é cortada por rios perenes, mas de pouca vazão a exemplo do Capibaribe e Paraíba e outros de menor expressão como Ipojuca e Tracunhaém. Ao longo do Planalto observa-se grandes áreas de caatinga seca nos Cariris e no Curimataú – PB. Ao Leste são encontradas florestas, caducifólias, subcaducifólias e perenifólias.

A estação chuvosa na região agreste ocorre no outono (fevereiro/março); o período seco entre junho e julho. A região agreste possui mais de 80 açudes de porte médio e pequeno com poder de armazenamento aproximado de 962,4 milhões de metros cúbicos. Apresenta baixo potencial de águas subterrâneas, havendo predominância de águas salinas.

Em Buíque a pluviosidade média anual é de 926mm com temperatura média de 21°C. Janeiro é o mês mais quente do ano; outubro o mais seco e abril o de maior precipitação.

Buíque é uma das cidades configuradas na caatinga setentrional, as demais cidades são: São Joaquim do Monte, Agrestina, Águas Belas, Alagoinha, Venturosa, Tacaimbó, São Caetano, São Bento do Uma, Sanharó, Sairé, Pesqueira, Pedra, Paranatana, Caruaru, Capoeiras, Camocim de São Félix, Caetés, Cachoeirinha, Brejo da Madre de Deus, Bezerros, Belo Jardim e Altinho.

A caatinga setentrional apresenta suscetibilidade a desertificação em alto grau, com elevada biodiversidade florística. Buíque está entre as áreas com necessidade de proteção extrema do bioma que apresenta alto número de endemismo e riqueza de espécies raras e ameaçadas.

A Chapada de São José em Buíque, representa um complexo vegetacional que inclui a vegetação caducifólia espinhosa, perenifólia e semicaducifólia. Os 3 ambientes possuem conjunto florístico distintos, mas com algumas espécies comuns.

Muitos pesquisadores vem a Buíque com as atenções voltadas para o Parque Nacional do Catimbau e a cada visita, novas descobertas são feitas sobre o bioma local. A temática “conservação e preservação” da caatinga precisam ser melhor explorados dentro e fora das escolas, além de ser incluída como fator primordial para o desenvolvimento de ações sustentáveis com o intuito de aguçar os cidadãos para o entendimento da importância caatinga como fator de equilíbrio que influencia diretamente não só o meio ambiente, mas a economia, a cultura, o turismo, o clima e o desenvolvimento social.


Referências:

  • Ministério do Meio Ambiente. Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação/organizadores: José Maria Cardoso da Silva, Marcelo Tabarelli, Mônica Tavares da Fonseca, Lívia Vanucci Lins – Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente: Universidade Federal de Pernambuco, 2004. 382p.
  • Climate-data.org. Disponível em: https://pt.climate-data.org/location/43019/. Acessado em: 23/05/2018.
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Publicitário, fotógrafo e pesquisador da história buiquense.

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