- Abaixo de: Gûyr-i
- Abalado: Akué ou Mo-ngué
- Abelha: Eir-uba
- Abençoar: Obá’-sab
- Abrir: Ab
- Acabar-se: Pab
- Achatado: Peb
- Acordar: Pak
- Agora: Cuire
- Agredir: Epenham
- Água da chuva: Amand-y ou aman-y
- Água ou Rio: Y
- Aldeia da palmeira: Pindó’-taba
- Aldeia: Taba
- Aleijado (sola para cima): Areá
- Alguém: Amó abá
- Alma do mal: Ãnang
- Alma dos mortos: Aña
- Alma fora do corpo: Anguere
- Alma ligada ao corpo: An
- Almas destacadas do corpo: Anguéra
- Alto: Ybaté
- Amadurecido: Tyarã
- Amando: Ausup-a amando
- Amanhã: Oirã, oirandé
- Amar: Ausub
- Amarelo: Yubá
- Amarem-se (uns aos outros): Îo-ausuba
- Amigo, camarada, aquele que busca comida (para mim): Moçacara
- Amontoar: Mo-atyr, mo-apûã
- Anama: Família
- Andar: Gûatá
- Animal, bicho: Soo
- Anjo (espírito bom): Apoiaueué
- Antigamente: Erimbaé
- Apanhar (pegar): Pysyk
- Apanhar: Ar
- Apontar: Mo-in
- Aquele, ele: (partícula exclusiva de homem referindo-se a outro homem): Ahẽ
- Aqui: Iké
- Aranha: Nhandu’ ĩ (pron. nhandu in)
- Arco: (pau encurvado, madeira encurvada): Ybyrá-apara
- Arco-íris: îy`yba
- Arder: Kaîa (pron. kaia)
- Ardido: Taîa
- Ardoroso: Taigaba
- Andorinha: Taperá
- Anta: Tapi’ira
- Arma de fogo: Mokaba
- Armadilha: Mundé
- Arranhar: Karãî (pron. carain)
- Arrepender-se: Moasy
- Arrepio: Tyrá
- Arrotar: Eû (pron. éu)
- Árvore: Ybyrá
- Asa: Pepó
- Assim, dessa maneira: Emonã
- Assombração: Uaiuara
- Atirar-se: Nhe-mo-mbor
- Atirar: Ityk
- Atoleiro: Tuîuka
- Atravessar: Asab
- Avô: Tamuia
- Azarado, infeliz: Panema | variações: Manem, manẽ, panẽ.
- Azedo, ácido: Aîa
- Azeite: Nhandy
- Barata: Arabé
- Barulho: Pu
- Barro: Taguá, Tauá ou Toba
- Basta: Aûîé
- Batata-doce: Îetyka (djetyca)
- Bebedor: Kagû-ara
- Beber água: U y
- Beber do seio: Kamb’ú
- Beber: U
- Bebo água: A-y-ú
- Bicho-de-pé: Tunga
- Boca: Îuru
- Boi: Tapi`irusu
- Bolsa do gambar: Sabé-aîó
- Bolsa: Aió
- Bom: Gatu (pron. ngatu)
- Bondade/bondoso: Angaturama
- Bonito: Poranga
- Bracelete de penas: Aûana (pron. aûãna)
- Braço: Îybá
- Brilhante: Berraba
- Brilhar, brilhante: Berab
- Brincar: Nhe-mo-saraî
- Buraco: Kûara (pron. kuára)
- Cabeça amarela: Akã-îuba
- Cabeça: Akanga
- Cabelo comprido: A-buku
- Cabelo: Aba
- Caçar: Yeporakar
- Cachoeira: Ytu
- Cair: Ar
- Cajá: Kaîá (pron. caiá)
- Cajú: Akaîu
- Camarão: Potĩ (pron. potin)
- Caminhar: Ûatá ou Gûatá
- Caminho (de gente): Pé
- Campo: Nhũ
- Canário: Tyé
- Canavial: Takûa-eé-ndyba
- Canoa grande ou navio: Ygarusu
- Canoa: Ygara
- Canoa: Ygé (pron. ygué)
- Cansaço: Kane’õ (pron. cane on)
- Capim: Capyi ou Kapi
- Caranguejo: Guiá
- Carne: Oó
- Casa do branco: Karioka
- Casa na roça: Kapỹaba
- Casa: Oka (pron. óka)
- Casca (de árvore): Ypé
- Castigar: Nupã
- Caveira: Akang-ûera
- Cerca de defesa: Kaá-ysá
- Céu azul: [ybaca+oby]: Ybacoby
- Céu negro: Ybak-una
- Céu vermelho: [ybaca+piranga]: Ybá’-piranga
- Céu: Ybaka
- Chamar: S-enõî
- Chamuscar: Apek
- Chão duro: Yby-tãtã
- Chato: Peba
- Chefe: Murubixaba
- Chegar [pela água]: Îepotar (o mesmo que aportar)
- Chegar: Syk
- Cheio: Ynysema
- Cheiroso: Yapûana
- Chorar: Îase’o (pron. iásse ó)
- Chuva: Amana
- Clava: Ygapema
- Cobra-cipó: Boitiapoá
- Cobra: Mboi ou Mboya
- Coelho: Tapiti
- Cólica: Tekéaip
- Colmeia: Eir-etama
- Colocar, pôr: Nong
- Comedor: o que come – Gû-ara (pron. guara)
- Comê-lo: I ú
- Comendo: Gû-á-bo (pron. guabo)
- Comer, beber: Ú
- Comer: Karu
- Comida: Mbi-ú, Temi’u ou tembi’u
- Compadre: Atuasaba
- Companheiro (de guerra): Maran-irũ
- Companheiro: Irũ (pron. irun)
- Compassivo: Por-ausub-ara
- Comprido: Puku
- Condimento: Se-baé
- Conta: Mboyra
- Coração, entranhas: Nhyã
- Corda (para carga no ombro): Pepu
- Corda: Xama
- Cordato: Nhe-ran-eyma
- Corpo (de gente): t-eté
- Corpo (de outro ser): s-eté
- Corredor, o que corre: Nhandara
- Correr à parte: Nhand-é, nhan-é
- Correr: Nhan
- Cortar: Kytĩ
- Cousa: Baé (pron. mbaé)
- Couve: Taîaoba
- Coxo: Par-ĩ
- Criação, animal doméstico (de gente): Mimbaba
- Criança: Pitanga
- Cruzar: Asab
- Cuia: Kuîa
- Cutia: Akuti
- Dança: Moraseîa
- Dar: Meeng
- Dedo da mão: Po-ã
- Dedo do pé: Pysã
- Deixar: S-eîar
- Dente: Âîa
- Dentro, no íntimo: Pypiara
- Depressa: Kuriteĩ
- Descer: Gûeîyb
- Despertar: Mo-nger (pron. monguere)
- Desprender: Kukuî
- Destampar: a-soî-ab-ok
- Destruir, acabar: Mo-mbab
- Devagar: Mbegûé
- Dia: [dia, luz]: Ara
- Dilacerar: Mo-ndook
- Discípulo: Mi-mba-é
- Disse, digo: A-é
- Diz: E-í
- Doce ou salgado: Eê
- Doente: Maraá’-bora
- Dormir (ou durmo): Ker (pron. ke r)
- Duro: Tãtã
- Embelezar: Momorang
- Enorme: Ubixaba
- Entendimento: Tekó-kuaba
- Enterrar: Tyma
- Entranhas (de gente): Mbyá
- Entranhas de homem: Abá pyá
- Entranhas: Pyá
- Entrevado: Apara
- Enxada: Syra
- Enxugar (o molhado): Mo-kang
- Enxugar (o úmido): Mo-akuí
- Enxuto: Kanga, akuí
- Erguer-se: Puam
- Erro, o contrário: Teté
- Erva-babosa: Karagúatá nema ou karagúatá rema
- Escama: Pé
- Escamar: Pé-ok
- Escapulir: Tyryk
- Esconder: Mim
- Escorregar: Syrik
- Espalhar: Mo-sã-ãĩ (pron. Mossã ãin)
- Espigão: Api-pema
- Espinho: Îu
- Esposa: E-mi-r-ekó ou Temericô
- Estaca de canoa: Îakumã ou nhakumã
- Estrangeiro mal: Aiouroiou mahire ou mouhan
- Eu saio: A-sem
- Eu: Ixé
- Experimentar: Aang
- Explosão, estouro: Pororok
- Fábula: Tenhéa ou Marã-é-tenhéu
- Faca: Kysé
- Falar sem parar: Nhenhenhén
- Falar: Nhe’eng [g mudo mesmo seguido de vogal]
- Falsamente: A’ub
- Farelo: Kuí
- Farinha de guerra: Uí-atã
- Farinha: Uí
- Fava: Kumandá
- Fazer brigar: Momaran
- Fazer chegar: Mo-ndyk
- Fazer deslizar: Mo-ndyrik
- Fazer: Monhang ou Mo-nhang [g mudo mesmo seguido de vogal]
- Fedorento, ser fedorento: Rem
- Fedorento: Nem
- Feijão: Kumandá-ĩ
- Feio: Poxy, Poxy-aiba
- Fêmea: kunhã
- Ferida: Pereba
- Ficar: Pytá
- Filha: Aîyra, Taîyra
- Filho: Ayra, Ta`yra
- Fio: Mimbó
- Flamejar, pegar fogo: Kaî (pron. kái)
- Flauta: Mimby
- Flecho-o: A-î-ybõ (pron. anhybó)
- Flor: Potyra
- Fogo: Tatá
- Folha larga ou chata: S-ó’-beba
- Formoso: Aysó
- Forte e valoroso: Kerenbaue
- Forte: Tantã
- Fumar: Petymbu
- Fraco [mole, poltrão]: Mebek | variações: membek e membeka.
- Francês: Maíra
- Frio: Ro’y ou roy-sanga
- Fruta: Ybá
- Fruta fedorenta: Ybá nema ou Ybá rema
- Fundura: Ypyra
- Futura esposa: Cunhãîba
- Futuro esposo: Abaíba
- Gafanhoto: Tukura
- Galho: Akã
- Gambá: Sarigûé
- Gato do mato: Marakaîá
- Gêmeo(eos): kõîa
- Gordo: Kyrá
- Gostoso: é
- Gota, goteira: Tykyra
- Gotas de chuva: Amã’-ndykyra
- Grande: Gûasu
- Grão, caroço: kuruba
- Grito: sapukaîa
- Grosso, roliço: Kûá-gûasu
- Grosseiro, tosco (que parece mais não é): Rana
- Guerra: Marana
- Guerreiro: Gûarinĩ
- Herói-civilizador: Mair-mohan
- Hoje: îeí
- Homem branco: Karaíba
- Homem: Apỹaba ou abá
- I: dizer
- Iá: pouco, pequeno [quantidade]
- Inchaço: Susuá
- Inimigo: Sumarã ou T-obaîara
- Instrumento de sopro: Pŷ-aba (pron. pyn aba)
- Ir: Só
- Irar-se: Nhe-mo-yrõ
- Irmã (de homem): Endyra
- Irmã (mais velha de m.): Ykera
- Irmã: R-endyra
- Irmão (mais velho de h.): Ykeyra
- Já: (se aparece antes de um verbo): Umã ou ymã | surgindo depois de um verbo, passa a significar: Há tempos.
- Jacaré: Îakaré (pron. iácaré)
- Jundiá: Espécie de peixe – Îundiá ou nhundiá (pron. Jundiá)
- Lá, aí (indicar direção): Ebapó
- Lábios: Embé
- Ladeira: Yby-ama
- Lago: Upaba
- Lágrima: T-esá-y
- Lança: Mi’-mbuku ou mi’-muku
- Leite, líquido do seio, mamar: Kamb’-y ou kamby
- Lembrar-se: Maenduar
- Lenha: îepeaba
- Levantar-se: Byr ou Puam
- Levar: Ra-só
- Língua: Apekũ
- Líquido, liquefeito ou derretido: Yku
- Liso: Syma
- Logo mais: Koromó
- Longe: Apûé-katu
- Lua: Îasy (pron. iáci)
- Lugar: Caba
- Machado: Îy
- Macho: Apŷaba
- Madrasta: Syyra
- Maduro: Aûîé
- Mãe dos meus filhos [falando o homem]: Xeraicig
- Mãe: Sy
- Magro: Angaibara
- Mal (ruim, perverso): Aib
- Maldade: Marã
- Mandioca: mandi`oka
- Manhã: Koema
- Mão: Mbó
- Mar: Paranã
- Maracujá: Maracuîá
- Margem: Embeyba
- Marido: Mena
- Mata: Ka’a
- Matar [matei]: Îuká (pron. iúká) ou Ajuká
- Maus diabos: Uaiupia
- Médico, curandeiro, mago, sacerdote ou xamã: Pajé – apresentando-se também nas variações: pagi, pay, payni, paié, paé, piaccé, píaché e pautché.
- Medonho: Abaité
- Mel ou abelhas: Eira ou Yapira
- Menina: kunhataī
- Menino: Kurumĩ ou kunumĩ (pron. Kunrunmin)
- Menstruação [a primeira]: Ñemondyra
- Menstruação [a segunda]: Jepareroipoka
- Mentira: Moema
- Meretriz: Sugûaraíy
- Meu fruto: Xe á
- Meu(s), minha(s): Xe
- Milho: Abati
- Mocinha: kunhã-muku-’im
- Moço: kurumĩ-gûasu
- Modo de comer: Gû-aba
- Modo, jeito ou forma de amar: Ausup-aba
- Moer: Mo-nguí
- Montanha, serra ou morro: Ybytyra
- Montão, monte: Apûã, atyra
- Moquear ou assar: Moka’ẽ (pron. moca en)
- Morar ou estar (indicação de lugar): Ikó
- Morcego: Andyrá
- Morder: Suú
- Mordido: Mi-nduú
- Mordo-o: A-î-su’u (pron. a-i-xu’u)
- Morrer: Manõ (pron. manon) ou Manó
- Mostrar: Kuá-meeng ou kuá-beeng
- Mudo: Nheeng-ú ou Nheeng-eyma
- Muitos, Muitas: Ya; Etá
- Mulher morta: Cunhã ambyra ou cunham-bira
- Mulher: Kunhã
- Multidão: Tyba
- Nadar: Ytab
- Não (partícula exclusiva para homens): Aan ou aan-i reĩ
- Não (partícula exclusiva para mulheres): Aan ou aan-i reá
- Não fui: N’a-só-î ou nd’a-só-î (pron. nd assói)
- Nariz, focinho, bico: Tĩ
- Necessidade, privação: Tekoaraiba
- Noite: Pytuna
- Nojento: Poxy
- Nosso(s), nossa(s), nós: Îandé ou nhandé (inclusivo)
- Nosso(s), nossa(s): Oré (exclusivo)
- Novidades: Por-anduba
- Nuvem: Ybatinga
- O modo de correr: Nhand-aba ou nhan-aba
- O que ama: Ausup-ara
- O que come: Guara
- O que corre: Nhand-ara ou nhan-ara
- Obrigado: kuekatureté
- Olá (partícula exclusiva de homem para homem): Hẽ!
- Olá: Hé gûé
- Olhar: Maẽ
- Olho: Essá
- Onça: Îagûara (pron. jaguara)
- Onda: Ygapenunga
- Onde ou aonde? Mamõpe? ou Umã
- Ontem: Kûesé
- Orelha: Nambi
- Ótimo: Aeté ou matueté
- Ouro [pedra amarela]: Itá yubá ou itajubá
- Outras coisas: Amó
- Ouvir: s-endub
- Ovo: S-upiá | Ovos: Upiá
- Paciente: Ossunga
- Padrasto: Symêna
- Padre, clérigo, religioso: Abaré
- Pai dos meus filhos [falando a mulher]: Xemembira rúba
- Pai, chefe: Tup, tupa ou tuba
- Palma da mão: pó apytera
- Palmeira: Pindoba
- Palpitação: Tutuka, tytyka ou tatak
- Palpitante: Tytyka ou tutuka
- Panema: Ruim
- Pântano: Ygapó
- Pântano ou lodo: Tyîuka
- Papa: Mi’-ngaú
- Passar: Kûab
- Pássaro ou passarinho: Ûyrá ou gûyrá
- Pato: Ypeka
- Pé: Py
- Pedra dormente: Itá ker [Itaquera]
- Pedra explodida: Itá pororok
- Pedra: Itá
- Peito: Potiá
- Peixe: Pira
- Pequeno: Mirĩ (pron. Mirin)
- Pescoço amarelo: Ajurujúba (referência aos franceses devido a barba comumente em tom alourado).
- Pescoço: Ajuru
- Piaba: Taraira
- Picar: Pí
- Pintado: Pinima
- Pirão, ensopado: Mi-ndipyrõ
- Podre: Îuk
- Poeira, pó: Tubyra
- Ponderado: Tekó-kuaba
- Ponta de galho: Akã’-pyra
- Ponta: Apyra
- Por: r-esé (r essé)
- Porco (do mato): Taîasu
- Português: Peró
- Poucos: Mokonhõ ou mboby
- Praça: Okara
- Prato de pedra: Itá nha’em
- Prato: Nha’ẽ (pron. nhaen)
- Procurar: Ekar
- Que foi campo: Nhũ-bûera (pron. nhũ-mbûera)
- Quebrar a cabeça: Akan’-ga
- Quem?: Abape
- Quente: Akuba
- Querer: Potar (pron. pota r)
- Quinta: Kapŷaba
- Raio: Amã-tiri ou Tupãberaba
- Raiva: Nharõ
- Raiz: Apó
- Rebentar, desatar-se: Pororok
- Rede: Ini ou ínin
- Redondo: Apûã
- Regato: Y-ekó-aba
- Reluzir: Endy-puk
- Remar: Ygapokuî
- Remédio: Mosseu
- Resina: Ysyka
- Resmungar: Kuruk (pron. curuki)
- Retirar: No-sem
- Rio barulhento: Y-pu
- Rio da palmeira: Pindo-y
- Rir: Puká
- Rosto: Obá
- Roupa: Aoba
- Ruim (estéril): Panema
- Saber, entender, conhecer: Coáub
- Sacudir: Mo-sũ-sung (pron. Mossunssung)
- Saída das abelhas ou do mel: Eíra-sema
- Saída dos peixes: Pira-sema
- Saída: Sema
- Sair: Sem
- Sapo: Kururu
- Sangue: Ugûy
- Sal: Yukira | no guarany: yique
- Salvo: Pysyrã-byra (Pysyrã-mbyra)
- Seco: Tininga
- Seio: Kama
- Semelhante: Rana (sentido de mal feito, grosseiro; que parece algo, mas não é como).
- Senhor: Îara
- Sentar-se: Gûapyk
- Seu dizer: I é
- Seu fruto: I á
- Seu(s), sua(s); dele(s), dela(s): I [qualificativo possessivo relativo – sempre precede o substantivo]
- Seu(s), sua(s); dele(s), dela(s): O [qualificativo possessivo reflexivo – sempre precede o substantivo – é usado ao referir-se ao sujeito]
- Silencioso: Kyrirĩ
- Sim (exclusivo para homens): Pá
- Sim (exclusivo para mulheres): Eẽ
- Siri: Syry
- Só: nhó-nhó-te
- Sobrancelhas: Tybytaba
- Sobrinho: Iyra
- Sogra (de homem): Aîxó
- Sogra: T-aîxó (pron. taixó)
- Sogro (de homem): Atuuba
- Sol: kûarasy
- Sonhar: Posaûsub
- Sua mãe: I sy (pron. i xy)
- Subir: îe-upir
- Sujo: Kyá
- Sumir: Kanhem
- Surdo: Apysá-eyma
- Tabaco: Bithin Petun | termo também encontrado como: petun, betun, bittin, pytyma, petigma, petume, petim ou pitima.
- Tacape: Ybyrá-pema
- Talo, haste: Uã
- Também: abé
- Tapá-lo: I ó
- Tarde: Karuka
- Tekoaraí’-bora: fugitivo
- Temer: Sykyié
- Ter, segurar: R-ekó
- Terra: Etama
- Testa: Sybá
- Teu cabelo: De aba (pron. nde aba)
- Teu(s), tua(s): Nde
- Tio: Tutyra
- Tirar: No-sem
- Toca, cova: Kûara
- Tocador: o que toca – Mo-pû-ara
- Tocando: Mo-pû-á-bo
- Todas: Opá-katu
- Todos: Opá
- Tolo, imbecil, idiota [que não sabe ou não entende]: Coáub-eyma
- Toma, tomai: Kó
- Topete: Atirá
- Torto (dos pés): Py-banga
- Tossir: Uú
- Trabalhar em grupo: Portĩrõ (pron. portinron)
- Trabalho: Marã-t-ekó
- Transgredindo: Abỹabo
- Trazer: R-rur
- Tremer: Ryryî
- Trilhado: Peyba
- Tristonho: Aruru
- Trovão: Tupãsununga
- Tu: De (pron. nde ou ne)
- Uajupiá: Local onde as almas se encontram com seus antepassados.
- Um pouco mais: Pyryb
- Unha (do dedo): Pysapema
- Unha do pé: Pysã-pema
- Unhas da mão: Pó-apẽ
- Urina: Ty
- Vale: Ybyty gûaîa
- Valente, bravo, homem-verdadeiro: Abaété
- Vargem: Yby-peba
- Vasilha: Uru
- Vazio, oco, parte interior: Ybỹîa (pron. ybyinha)
- Veado: Sûasu
- Veia: Aîyka
- Velha: Gûaîbĩ
- Velho, ancião: Tunhá-baé ou Tuî-bae
- Vento (ar, brisa, hálito ou sopro da terra): Ybytu
- Vento bom: Ybytu-catu
- Ventre: Tigue
- Ver bem: Epiá-katu
- Ver: Epîak
- Verão: kûasary
- Verdadeiro: Eté
- Veste: Aoba
- Vir: îur
- Viscoso: Pomonga
- Viver mal, morar mal ou estar mal: Ikó aib
- Viver: Ikó-bé
- Voador [que voa]: Bebé
- Vontade: Emimotara
- Vosso(s), vossa(s): Pe
- Voz bonita: Nheê’-poranga
- Voz: Nheenga
- 01: Oîepé
- 02: Mokõî [fazer um par]
- 03: Mosapyr [mossapira | fazer triângulo, vértice ou bico]
- 04: Irundyc [irundi | fazer pares]
- 05: Xe pó mbó [a mão com cinco dedos]
- 10: Mokõî pó [um par de mãos] ou Opá kó mbó [todas essas mãos]
- 20: Xe pó xe py [mãos e pés]
- 22: Xe pó xe py mokõî [os dedos das mãos e pés + 2]
- Primeiro: ypy
- Segundo: mokõia
- Terceiro: mosapyra
- Quarto: Irundyca
- Oîepé-îepé: um a um
- Mokõ’-mokõî: dois a dois
- Mosapy’-sapyr: três a três
- Irundy’-rundyk: quatro a quatro
- Amarelo: Îuba (pron. iúba)
- Azul claro: Obyeté
- Branco: Tinga
- Preto, negro: Una | variação: bu (como em urubu: uru = ave grande; bu = escura)
- Verde ou azul: Oby [consideradas a mesma cor em várias línguas do tronco tupi]
- Verde: Kyra
- Vermelho: Pyrang [piranga]
- Etá: (pós posição) indica volume: muitos, muitas. O etá foi criado pelos jesuítas no período colonial para designar o plural das palavras que na língua tupi, obtém-se de maneira subtendida no contexto do que é dito. Ex.: Pirá = peixe | Pirá etá = peixes.
- Eyma: posposição negativa. Ex: [Coáub = saber]; Coáub-eyma: sem saber
- Pe: (pós posição) para [lugar. Ex Buique pe, catimbau pe]
- Pupé: dentro de, em
- Suí: origem, causa
- Supé: (pós posição) para [indica um destinatário, não um lugar]
- Agnan, ahangá ou hipouchy aignen: o equivalente ao diabo do catolicismo.
- Baetatá: coisa de fogo (o mesmo que boitatá) – espírito que vive perto do mar ou rios; facho cintilante que corria daqui para ali. Que acometia aos índios e os matavam. (provavelmente atrelado à visão de fogos fátuos).
- Caapora: morador do mato; também chamado caipora (o mesmo curupira); entidade, espírito ou duende pirracentos protetor dos animais e da mata.
- Ieropary: o equivalente aos demônios do catolicismo
- Jurupari: antigo serviçal divino, expulso por Deus que passara a retardar as chuvas e incentivar a guerra entre os homens. Possuidor de animais invisíveis que soltariam gritos horríveis à noite.
- Kurupira: espécie de demônio das matas, protetor da flora e fauna.
- Macachera: espírito das estradas que marcha adiante do viajador; os potiguares o viam como anunciante de boas novas, os tupinambás, os viam como inimigos da saúde humana.
- Ypupiára: que moram na água – espíritos que matavam índios afogados, ao tentarem atravessar rios em suas canoas.
- Yurupari: demônios da mata, temidos por seus malfazejos (tupinambás); espécie de ogro ou divindade de acordo com cada tribo (tribos amazonenses).
- Cauim: Bebida alcóolica feita com mandioca cozida e fermentada. Antes preparada com caju, milho, mandioca e outros vegetais.
- Marabá: Filho de índias duma tribo com estrangeiros ou prisioneiros.
- Pititi: Prensa usada para a secagem da massa de mandioca e o fabrico de farinha.
- Tipiti: Tubo de palha usado para moquear carne de caça que era transformada em farinha.
- Amaraji: termo oriundo de amaragy – significando rio formado pelas chuvas; o nome da cidade foi posteriormente alterado para Amaragi e por último: Amaraji.
- Araçoiaba: ûará (guará [ave]) + aso’îaba (manto de penas): manto de penas de guarás.
- Bodocó: Segundo Orlando Bordoni, no Dicionário da língua tupi. Bodocó vem de: Bó (rasgar)+ odó (carne) + rocó (roça). significando “preparo de carne na roça”. Daí origina-se o termo “carne de sol”.
- Buíque: Existem várias definições para o termo: Luís Caldas de Tibiriçá diz que a origem vem de mboi (cobra) + yg (rio ou água) = rio de cobras; Sebastião Vasconcelos Galvão diz que vem de mboi (cobra) + ike (aqui, neste lugar) = lugar de cobras; Alfredo de Carvalho diz que vem de yby (terra ou solo [tupi]) + yique (sal [guarani]) = terra do sal ou sal da terra. Em complemento à definição de Alfredo de Carvalho, Theodoro Sampaio diz que yby encontrava-se com variação para “bu”, formando assim: bu+yique. Contudo, yique pertence ao guarani, sendo “yukira” o termo adequado para sal no tupi. A composição do nome envolvendo a palavra sal, se deve a abundância de salitre em alguns trechos da região.
- Cabrobó: Junção de caa (mata) + Orobó (variação de urubu – que vem de uru (ave grande) + bu variação para “preto”: ave grande e preta) – significando: mata do urubu.
- Caetés: vem de kaeté: caa (mata) + eté (verdadeira) = mata verdadeira, virgem, nunca roçada. O nome também designa uma antiga tribo indígena que habitava o litoral brasileiro, entre Pernambuco e Paraíba.
- Calumbi: nome popular de uma árvore – o mesmo que Jurema-preta [a cidade é banhada pelo rio Pajeú e até 1918 chamava-se São Serafim].
- Caruaru: Caruara+aru – o que come sapo [município conhecido como a capital do forró].
- Carnaíba: o mesmo que carnaúba – palmeira da família Arecaceae, endêmica do do Nordeste brasileiro.
- Carpina: vem de Karapina – uma variedade de pica-pau; daí surge o termo carpinteiro (por ambos trabalharem com madeira), posteriormente inserido na língua portuguesa com a variante: carpina.
- Camaragibe: Camara+y+pe – Rio dos camarás. Sendo camará uma planta aquática; y = rio e pe (com variação para be) um indicativo de lugar na língua tupi.
- Camocim de São Félix: Camocim significa vaso com água; São Félix é o padroeiro desta cidade.
- Camutanga: referência a uma espécie de vespa (marimbondo); os antigos habitantes chamavam o local de caanga, o mesmo que casa de marimbondos.
- Catende: Caa (mato) + t-endy (iluminada) – mata iluminada ou brilhante.
- Cumaru: Árvore leguminosa amazônica e de grande porte. Seu fruto contém uma semente conhecida na Europa como fava-da-índia e no Brasil como fava-tonca.
- Cupira: Abelhas que se aproveitam de cupins abandonados para fazer seus ninhos, produzindo mel de baixa qualidade. As espécies mais comuns são a partamona cupira, a Partamona testacea e a Mellipona pallida. Também conhecidas por boca-de-barro, boca-de-sapo e cupineira.
- Garanhuns: Plural de garanhum; originado de uraanhu – homem do campo; outra versão para o nome aponta: Guirá (pássaro) + nhum (variante de preto) = pássaro preto.
- Glória do Goitá: Junção do nome da padroeira da cidade: Nossa Senhora da Glória e Goitá – Gua (baixa) + Itá (pedra) = pedra baixa.
- Gravatá: Kaa’rakua’tã – kaá: folha, planta, rákua: ponta, tã (antã) duro – folha de ponta dura ou pontiaguda. O mesmo que caraguatá, croatá, caroatá ou caroá [município conhecido como a Suíça pernambucana].
- Iati: Gargalo ou pescoço de cabaça; bico de vaso ou vaso com bico.
- Ibimirim: Yby+mirim – terra, solo ou chão pequeno [município localizado no sertão do Moxotó | lugar lendário onde as pessoas não morriam, não havia dor ou sofrimento].
- Ibirajuba: Junção de ybirá: (árvore, tronco, madeira) + yuba (amarelo) = Árvore amarela.
- Igarassu: ygara+açu – canoa ou barco grande.
- Iguaraci: de Yguaracy, sendo y (água) e guaracy (o sol) = água ou rio do sol.
- Inajá: Palmeira da família das Aracáceas, nativa da Amazônia e Centro-Oeste do Brasil. É também conhecida como anaiá, anajá, aritá, maripá ou najá.
- Ipojuca: Vem de Iapajuque e significa: Pântano ou água escura.
- Ipubi: Ipu (poço) + obi (verde) = poço ou fonte verde.
- Itacuruba: Itá (pedra) + curub (enrugado) = pedra áspera, enrugada; variação: Itacuruva [município localizado no Sertão do São Francisco].
- Itaenga: Ita (pedra) + nheeng (fala) = pedra que fala.
- Itamacará: Ita (pedra) + mbara’ká (chocalho) = pedra do chocalho ou pedra que canta. Ilha próxima a Recife, onde viviam os índios Caetés.
- Itambé: Ita (pedra) + embé (lábio) = lábio de pedra, pedra com corte.
- Itapetim: Ita (pedra) + pe (termo de ligação) + tinga (branco): Pedras brancas.
- Itapissuma: Ita (pedra) + xuma (a cor negra) = pedra negra. O termo designava as pedras negras e moles às margens do Canal de Santa Cruz, próximo à referida cidade.
- Itaíba: Árvore conhecida pelo nome “Pau-ferro”, também chamada: itajiba, itaúba e itaúva.
- Itaquitinga: Ita (pedra) + ky (aguçada) + tinga (branca) = pedra aguçada e branca.
- Jaboatão dos Guararapes: Yapoatan (árvore de tronco reto) + Uarará (tipo de tambor) + Pe (no local) = lugar das árvores de tronco reto para tambor; no local havia em abundância a árvore chamada yapoatan, que era usada para o feitio de mastros para navios.
- Jataúba: do tupi: Ietaýua; o mesmo que Jataíba ou carrapeta – variedade de palmeira (Hymenaea courbaril).
- Jucati: Nome indígena de planta local desta cidade.
- Jupi: Significa: Planta com espinhos.
- Jurema: yu-r-ema, sendo yu ou ju (espinho) e rema (odor, cheiro) espinho com odor.
- Macaparana: Macapá + rana = semelhante ao Macapá; Macapá significa: lugar de muitas macabas (árvore frutífera sertaneja).
- Manari: Amana-r-i = Riacho da água das chuvas. Comparativo derivado de um rio que corria nas proximidades.
- Mirandiba: nome indígena para o porco queixada.
- Orobó: Nome de planta da família das leguminosas (Vicia ervilia), cujas vagens contém sementes de sabor amargo – cultivada para alimentar animais, devido seu valor nutritivo. É também conhecida como ervilha-de-pombo.
- Ouricuri: Airi (cacho) + curi (amiudado) = pequeno cacho. Nome de palmeira nativa do Brasil (Syagrus coronata), comum entre Piauí e Pernambuco a Minas Gerais.
- Paranatama: Paraná (rio) + retama (terra, lugar) = região dos rios.
- Parnamirim: De Paraná-mirim. Sendo Paraná (rio) + mirim (pequeno) = Rio pequeno.
- Passira: Segundo o historiador Sebastião Galvão, o termo significa: que acaba em ponta de flexa.
- Quipapá: nome oriundo de uma cactácea conhecida como quipá.
- Quixaba: do tupi quessaba – significando: lugar de dormir, rede.
- Sanharó: significa “zangado”. Espécie de abelha meliponídea de cor preta (Trigona amalthea); também conhecida como arapuá [o município é conhecido pelo fabrico de queijo e produção de leite].
- Sairé: Cesto feito com cipó em formato de semicírculo.
- Sirinhaém: junção de siri (crustáceo decápode) e nha’em (prato) – prato de siri. O nome da cidade faz referência ao rio de mesmo nome que a banha. O termo siri tem origem de si’ri que no tupi significa: correr, deslizar ou andar para trás.
- Surubim: Peixe brasileiro da família dos silurídeos.
- Tabira: nome de um chefe da tribo dos Tobajara (ou Tabajara), aliado dos portugueses que ajudou Duarte Coelho (primeiro Donatário de Pernambuco) na luta contra os indígenas Caetés.
- Tacaimbó: junção de tacã + iembó – Riacho dos galhos (ou ramos).
- Tacaratu: Significa furna curta ou caverna superficial.
- Tamandaré: Possíveis significados: tamanduaré (semelhante ao tamanduá); taba + moi + nda + ré = aquele que fundou um povo.
- Taquaritinga do Norte: takwar (taquara [espécie de gramínea – o mesmo que taboca ou lasca de bambu]) + y (rio) + tinga (branco) = rio claro das taquaras.
- Timbaúba: de timbo’iwa = árvore da espuma. Árvore da família das leguminosas (Stryphnodendron guianense), também conhecida como Timbaúva.
- Toritama: há divergências no significado. Contudo, de acordo com o Portal dos Municípios: tori (significa pedra) + tama (região) – lugar de pedras – alusão às formações rochosas com cerca de 30m à margem direita do rio Capibaribe.
- Tupantinga: Tupana (tupan com acréscimo de “a” para figurar o aspecto feminino) + tinga (branco) = Deusa branca ou Santa Clara [antigo nome do município].
- Tuparetama: Tupã (Deus) + retama (lugar natal) = algo próximo de pátria de Deus, lugar de Deus.
- Tracunhaém: Segundo Theodoro Sampaio, o termo significa “panela de formiga”.
- Xexéu: Ave da família dos icterídeos, conhecida por imitar o canto de outras aves; o mesmo que Japi.
Referências:
- METRAUX, Alfred. A religião dos tupinambás e suas relações com as das demais tribus tupi-guaranis. Série 5ª. Brasiliana. Companhia Editora Nacional. Vol. 267. São Paulo. 1950. p. 430.
- FLORESTAN, Fernandes. A organização social dos tupinambá. Editora de Humanismo, Ciência e Tecnologia “Hucitec”., Ltda. São Paulo, 1989. p. 325.
- BARBOSA, Pe. A. Lemos. Curso de Tupi Antigo: Gramática, Exercícios, Textos. Livraria São José, Rio de Janeiro, 1956. p. 484.